quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Restaurant Week 2009 #8 - Pé de Manga


Não escolhemos ir ao Pé de Manga. Fomos convidados por alguns amigos de última hora, demos uma olhada no cardápio (agradou) e fomos. Ao chegar lá, tivemos uma surpresa agradável: o lugar tem um jardim lindo, as mesas ficam entre as árvores, espaço amplo e, o melhor de tudo: PODE FUMAR. Notem o quanto isso fez minha noite mais feliz, depois de algumas semanas de lei anti-fumo. É claro que se cigarro não for a sua praia, você pode se sentar do lado de dentro, onde também tem bastante espaço, ou conviver harmoniosamente com os colegas fumantes, já que o lugar é ao ar livre mesmo.

Fonte: oyo.com.br - Não tiramos fotos, era escuro demais =(

Enfim, falando agora de comida, o menu do Restaurant Week foi, digamos, justo. A entrada era ok, uma salada de folhas com torradas com brie para mim, um tartar de salmão para ele. Os pratos principais eram gostosos, apesar de um pouco frios. Eu comi um filet mignon com risoto de pupunha e molho de mostarda dijon, ele comeu um cordeiro com geléia de hortelã e batatas. Bom, apenas bom. A sobremesa deixou bastante a desejar: um suposto mil folhas de maçã, que de mil folhas não tinha nada (era tipo 1 ou 2 folhas), nem de maçã (parecia bem um chuchu).

O atendimento também deixou um pouco a desejar. Como estávamos bebendo e conversando, até que não sentimos muito, mas tudo que pedíamos demorava bastante.

O Pé de Manga vale pelo ambiente (principalmente se você for fumante), e pela companhia, como todo belo bar. Talvez eles até tenham alguma vocação gastronômica, mas ainda precisam atentar para alguns detalhes importantes. Devo voltar lá, mas mais pela cerveja Norteña acompanhada do cigarro do que pela comida. Da próxima experimento uns petiscos (eles tem sandubas com os nomes dos Beatles, pedida certa!).

Endereço: R. Arapiraca, 152 - Vila Madalena (em frente ao famoso Astor) mapa
Fone: (11) 3032-6068
Horário: Seg a qui, 18h às 2h. Sex e sáb das 12h às 02h. Domingo das 12h à 0h.
Preço: Preço de bar carinho, se for só beber, uns R$30 e poucos. Se for comer, o dobro pra mais.
Site: http://www.pedemanga.com.br

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Restaurant Week 2009 #7 - Porto Rubayat

Infelizmente, foi a prova do que dissemos no post anterior. Ao invés de criarem um menu, pensarem em algo legal pro festival, promover a experimentação, eles fizeram um buffet. Me senti como em um dos restaurantes por quilo que como todos os dias pelo Itaim.

A comida? Muito boa! Tinha um atum marinado maravilhoso e um salmão defumado divino também, mas não passou muito disso. Abobrinha temperada, salada de berinjela e um interessante confit de atum com tomate e abacate.

Os quentes deixaram bastante a desejar. A paella estava insossa (perdeu feio pra Paella's Peppe) e o macarrão com tinta de lula estava duro. Havia mais opções que talvez nos surpreendessem quando fôssemos pegar o segundo prato, mas não foi possível.

É óbvio que todo mundo queria pagar 30 reais pra comer numa das melhores casas de frutos do mar de São Paulo. O resultado foi esse:




A fila continuava à direita da foto até a parede do restaurante (isso por volta de meio dia e meia). Só nos restou ir para a mesa de sobremesa, repleta de frutas, um docinho de amêndoas sem graça e um maravilhoso pudim de leite, que gerou toda uma enquete na mesa pra ver se a preferência era por pudins "lisos" ou "com furinhos".

A experiência como um todo não passou de nota 6. Muita demora pra pegar a comida, ainda mais em pé. Nenhuma vantagem em ser buffet, já que é impossível repetir por causa da fila. A menos que você faça 2 horas de almoço. A solução seria perder a vergonha e fazer o "prato de pedreiro" (sem ofensas :P) que estamos acostumados quando vamos no quilinho da esquina.

Veja as informações do Porto Rubayat no Restaurant Week aqui.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Restaurant Week 2009/2




Adiem os regimes em 2 semanas. O Restaurant Week voltou. E voltou maior do que nunca! São 202 restaurantes participando desta vez!

Graças a um ilustre leitor do blog, pudemos participar do evento de inauguração do Festival, com direito a comes, bebes, música e um tanto de glamour que não estamos acostumados. Deu pra ver que a coisa vai ser grande e que mais do que nunca, as reservas serão imprescindíveis!

Pra quem nunca participou, Marcel, Shintori, e Capim Santo são alguns que considero imperdíveis. Entre os (um pouco) menos badalados, Obá, Tandoor e Tarsila também merecem atenção.

Desaconselhamos franquias como T.G.I. Friday's, P.J. Clarcke's e Rascal, afinal, o legal é provar coisas diferentes! Esses lugares terão todos os dias os mesmos cardápios, então dá pra voltar neles em outras ocasiões. Usem o festival pra expandir um pouco o repertório de temperos!

Não tenham medo do Nakasa Sushi ou do Shintori por serem japoneses. São japoneses de verdade e, se você está acostumado com "rodízio de sushi de 28 reais sem repetição de shimeji (e outras baboseiras mil)", vá sim a um japonês de qualidade e veja a diferença entre o sushi brasileiro e o sushi japonês.

Uma coisa que se mostrou uma tendência nas últimas edições do festival, foi o tamanho do restaurante. Os grandes e famosos tendem a fazer cardápios simples e até, de certa forma, destratar os que optam pelo menu promocional. Já os pequenos, tendem a ver o festival como uma grande oportunidade de mostrar o que têm de melhor pra ganhar novos clientes. Estes costumam apresentar um cardápio muito singular e um serviço digno de quem quer que você volte sempre.

Visite os respectivos sites, telefone e pergunte! Pode-se saber muito pela forma como você é tratado pelo telefone ao perguntar da promoção!

O Restaurant Week começou!
Sirvam-se à vontade.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Tetsuya's

Aquele que vos escreve hoje esteve de férias durante todo o mês de Abril. Tive o inenarrável prazer de conhecer um pouco da Austrália. Como não podia deixar de ser, quis saber como era a culinária local. Fiquei bobo ao ouvir de um genuíno australiano "é, nós não temos um prato típico". E é verdade...talvez, não ter uma comida própria os faça aceitar de peito aberto tantas outras cozinhas, como indiana, chinesa e tailandesa (extremamente comuns por lá). É diferente daqui. Os restaurantes japoneses daqui tiveram que, em sua maioria, se "abrasileirar" pra agradar ao nosso modo de comer (vide o tanto de rodízio de sushi por aí e o tanto de lugares que servem um udon).

Enfim, já que não pude provar o prato típico australiano, quis ir ao "melhor restaurante australiano". Segundo os rankings internacionais, ele é o Tetsuya's. Já ocupou o 5º lugar, apesar de hoje estar em 17º do mundo (à frente do nosso querido DOM). O chef é um japonês que foi pra Austrália aos 22 anos sem nenhuma bagagem gastronômica. Por lá, começou a trabalhar em alguns restaurantes como ajudante e acabou recebendo treinamento de técnicas da culinária francesa.


O menu degustação foi de 13 pratos. Todos eles com ingredientes muito particulares da Austrália. E é exatamente aí que mora a cozinha típica! Eles têm ingredientes que nenhum outro lugar tem. O problema é que eles só aprenderam a fazer batata, bacon e ovos...
O primeiro prato já disse tudo: Ostras-bebê da Tasmânia marinadas. Nunca fui fã de ostras, mas essas estavam incrivelmente macias e saborosas. Sem dúvida, uma das melhores coisas que já comi! Entre tantos outros pratos, aparece finalmente, o prato "assinatura" do Tetsuya: o Confit de Truta Oceânica da Tasmânia com algas e sal marinho sobre uma cama de nabo e maçã verde.


Pra quem nunca ouviu falar de um confit, trata-se de uma técnica de cozimento. A ideia, é cozinhar algo na própria gordura ou em azeite durante muito tempo e em baixas temperaturas (menos de 60ºC). Dessa forma, apenas algumas propriedades do alimento são alteradas.

A textura dessa truta era de peixe cru, mas seu sabor tinha toques de cozido, ora defumado. Essa combinação de textura/sabor foi algo incrível pra mim. Completamente inédito na minha biblioteca gustativa.

Completamente lotado ao final dos 13 pratos, paguei a obviamente salgada conta e não pude deixar de pensar que o pior de tudo, é pagar esse absurdo por um jantar e ainda saber que valeu à pena!! O Tetsuya's é um ponto turístico para os amantes da gastronomia tão importante quanto a Opera House. Serviço impecável, excelente carta de vinhos (a adega deles foi avaliada em 2 milhões de dólares australianos) e um chef extremamente criativo munido de ingredientes únicos.
Se estiverem lá para aqueles lados, não deixem de salvar um dinheiro a mais pra esse jantar. É imperdível.

Endereço: 529, Kent Street - Sydney - NSW - mapa
Fone: +61 2 9267-2900
Horário: Das 19h às 21h (recomenda-se 3 semanas de antecedência na reserva)
Preço: Menu Degustação sem vinho: aprox. R$285,00 (dependendo do câmbio)
Site:

www.tetsuyas.com

segunda-feira, 18 de maio de 2009

The Salad Bar

Depois do Restaurant Week, e muitos quilos a mais na conta, estamos em busca de bons lugares para comer uma bela saladinha, para voltar à boa forma.

O primeiro que encontramos é uma novidade na cidade: o The Salad Bar. Aberto há pouco mais de um mês, a simpática casa nos Jardins oferece tudo o que precisávamos na nossa vibe de desintoxicação: um ambiente super agradável, com uma varandinha arborizada, e a parte interna bem rústica, com tijolos aparentes, e um enxuto menu de delícias quase sempre saudáveis. A pedida, como o nome da casa já anuncia, é a salada. Você pode escolher uma das opções do menu, ou então montar a sua (muito mais legal). Como na maioria dos lugares de saladas aqui de São Paulo, você escolhe uma base de folhas, e adiciona 5 ingredientes e um molho. O diferencial dessa é o tamanho: um bowl gigante cheinho! Se não estiver com muita fome, dá até para dividir em dois. Aliás, pedindo uma porção de bruschetta para acompanhar, é comida de monte! Eles também servem sopas no pão, uma ótima pedida para o inverno.

O risotto, com a pontinha do bowl gigante de salada ao fundo. Na nossa próxima visita, vou tirar uma foto do bowl pra colocar aqui! É grande MESMO!


O atendimento é outro diferencial da casa. Funcionários extremamente simpáticos, que conhecem o cardápio de trás para frente, e sugerem para os novatos as melhores pedidas da casa. Foi o garçom que nos sugeriu o risoto de shitake com brie, em uma cestinha de queijo parmesão. Foi ele também que nos sugeriu o delicioso suco de melancia, 'já famoso na região' (palavras dele!), sem açúcar mas incrivelmente doce!

Enfim, voltaremos com certeza, para almoços light de sábado. Recomendado!

Endereço: Alameda Jaú, 1372 - Jardim Paulista mapa
Fone: (11) 3061-5765
Horário: Não informa no site e esquecemos de perguntar! Mas sábado no almoço está aberto
Preço: Salada R$ 19,90. Risotto R$ 24,90. Sopas no pão: R$ 14,90. Suco de melancia: R$ 7,00

Site: www.thesaladbar.com.br (em construção, não tem nenhuma informação. Aliás, único ponto negativo! Coloquem este site online rápido!)

quarta-feira, 11 de março de 2009

Restaurant Week 2009 #6 - Obá

Este post foi gentilmente escrito pela amiga Bel Furtado!


No último Restaurant Week eu conheci o Obá. Não me lembro mais do prato que pedi, mas o que ficou na memória era a lembrança de um bom restaurante, com bons pratos. Por isso, quando um grupo de amigos me chamou para ir lá, não pensei duas vezes. Mesmo queimando uma noite do evento com um restaurante repetido, aceitei o convite e fui animada.


Cheguei lá cansada do trabalho, do calor e do metrô. Pedi uma cervejinha e logo meu humor já se transformou. O ambiente do restaurante é lindo, cheio de estampas, meias-luzes, florzinhas, enfeitinhos regionais. Lindo mesmo!




O garçom, meio frenético, meio perdido, chegou rapidinho para anotar o nosso pedido. Escolhi a entradinha chamada Tostada de pollo pibil. Como o próprio site oficial da Restaurant Week explica, se trata de uma porção de frango desfiado assado com semente de urucum e cítricos, sobre uma tortilla crocante de milho com frijoles refritos, finalizado com escabeche de cebola. As entradas do cardápio do Obá, tanto esta quanto a outra opção, são preparadas para se comer com as mãos. Então, larguei mão da educação francesa e deixei até escorrer o molhinho pelo braço e pelo canto da boca. Além da diversão, o prato estava ótimo, bem latino.


Terminada a entrada, passamos para a escolha do prato principal. Dentre as duas opções do cardápio montado para o evento, não tive que pensar muito para decidir pelo Ragu de cordeiro, afinal, adoro carne de cordeiro. Esperei salivando. Quando o prato chegou, decepção. O ragu estava com uma textura esquisita, muito mole e meio aguado. A polenta que acompanhava estava também muito rala, quase uma sopa. Tive que fazer força pra não deixar muito no prato, mas mesmo assim, desisti bem antes do que o meu apetite normalmente permite. Adminto minha frescura com a textura dos alimentos, muito mais do que com o sabor em si. Por isso, o prato foi pra mim um verdadeiro suplício.



Finalmente veio a sobremesa. Chocólatra assumida, pedi a opção da mousse de chocolate com gostinho de cachaça e castanha do pará, coberto por uma calda de maracujá. Quando o prato chegou, achei que fosse amostra grátis, mas logo que pus na boca entendi as dimensões diminutas do quitute. Acredito que se tratava da sobremesa mais intensamente achocolatada que já experimentei. Em poucas colheradas já quase não podia respirar, meus dentes reclamaram e eu parti pra água.


A noite terminou assim, sem gostinho de quero mais. Mas, independente da experência grastronômica frustrada no Obá, tive um noite ótima, com companhias queridas e lindo ambiente.


Veja as informações do Obá no Restaurant Week aqui.

domingo, 8 de março de 2009

Restaurant Week 2009 #5 - Shintori

Sábado à noite, fomos ao imponente Shintori. Um restaurante enorme, super tradicional japonês, que logo de cara já impressiona, não só pelo tamanho, mas pela decoração e organização. Logo na entrada, um samurai recepciona os visitantes:



Sentamos no andar de cima, onde tínhamos uma vista panorâmica para o jardim. Só ele já valeu a visita:


Mas sim, a comida também era ótima. Demos uma olhada no menu convencional da casa e, de fato, o Restaurant Week vale bem a pena neste caso. Os combinados de sushi e sashimi tem preços astronômicos. O foco da casa deve ser mesmo os executivos e os turistas.


De entrada, escolhemos o carpaccio de carne com molho oriental. Bem diferente daquele congelado que estamos acostumados a comer em buffets, a carne, desmanchando de macia, vinha em cima de um pouquinho de nabo ralado com cebola, com umas pimentinhas deliciosas por cima.


Como prato principal, pedimos a Degustação Restaurante Week, que era composta de alguns sashimis de salmão e peixe branco, um salmão em crosta de gergelim, shimeji na manteiga, niguiris de salmão, quatro sushis de salmão e algo delicioso no centro, pareciam uns guiozas cozidos de frango com um molho ótimo. Quando chega parece pouco, mas saímos de lá bem satisfeitos.


E no Shintori, nada daquela embalagem de shoyu Sakura na mesa. Olha que mimo o potinho de shoyu:



De sobremesa, provamos duas opções. Primeiro o Doce Trio Sushi (bolinhos de arroz doce com gelatina de agar agar), lindos de ver, mas bem estranhos de comer. O arroz doce era bem parecido com aqueles que comemos nas festas juninas, mas a tal da gelatinha tem uma consistência bem estranha. Mas que é bonito, isso é.



A outra sobremesa foi o Bonsai (sorvete de creme, com biscoito de chocolate picado e calda especial). Ótima a idéia de colocar a flor em cima, pois realmente parecia um vasinho. Bem gostosinho, mas nada espetacular. Sorvete com calda de chocolate, não dá para errar.



Na saída, um dos garçons fez um tour com a gente pelo restaurante inteiro. Achamos bem interessante a sala dos teppans, com mesas que são grandes grelhas, onde o prato é preparado. Ficamos com vontade de voltar um dia para comer um teppan. Mas vamos economizar um pouquinho antes, porque o Shintori é daquele pra ir em ocasiões especiais. Por isso, aproveite o Restaurant Week para conhecer essa bela casa.


Veja as informações do Shintori no site do Restaurant Week aqui.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Restaurant Week 2009 #4 - Marcel

Ontem fomos conhecer o famoso Marcel, com a certeza de que aquele seria o ponto alto da nossa primeira semana de Restaurant Week. Pensando só na comida, realmente foi. Mas infelizmente, demos azar. Essa é a única forma de explicar o que aconteceu conosco lá.



Havíamos feito a reserva dois dias antes. Ao chegar na casa, o maitre nos disse que não encontrou nossa reserva. Um outro cliente passava pelo mesmo problema. De qualquer forma, ele disse para aguardarmos um pouco, pois ia arrumar uma mesa para a gente. Sim, ele arrumou a mesa, mas com certeza era a pior mesa da casa. Num canto, ao lado da entrada da cozinha, na passagem de todos os garçons, meio afastada do salão principal. Desta forma, todos os garçons ficavam sempre de costas para a gente, o que tornou o serviço bem complicado. Sem contar o passa-passa de funcionários e o barulho da cozinha e do caixa na nossa orelha durante todo o jantar. Sem exageiros, lembrou bastante uma cantina italiana.



Olha o salão, lá no fundo, a porta da cozinha à direita, os garçons entrando e saindo, sempre de costas...

Sentamos, pedimos uma água e ficamos esperando para que nos atendessem e trouxessem o cardápio. Esperamos, esperamos, esperamos 20 minutos. Cansamos e conseguimos chamar o garçom: 'Você pode trazer o cardápio, por favor?'.

Bom, pedimos pelo menu do Restaurant Week. Falando um pouco da comida que, sim, esta era impecável, tivemos:

Entrada, brandade de bacalhau e palmito pupunha, presunto cru e vinagrete de azeitonas pretas. Delicioso.

Pratos principais, uma truta, emulsão de alho porró com pétalas de abobrinha chamuscadas:



O outro foi um suflê de gruyère, macio, perfeito...



E de sobremesa, creme brulée de maracujá:



Enfim, comida impecável. Mas o serviço não foi condizente. Claro que eu já estava bem brava e reparando em qualquer picuinha para botar defeito, mas eles erraram até a ordem dos garfos na mesa:


Fiquei com vontade de voltar ainda neste Restaurant Week, pra ver se damos mais sorte numa próxima vez. Espero que eles leiam os cartõezinhos de sugestões, nos quais escrevemos um texto enorme, e tenham o bom senso de abolir aquela mesa do mapa do restaurante.

Veja as informações do Marcel no site do Restaurant Week aqui.

ATUALIZAÇÃO: Eles não só leram os cartões de sugestão, como nos mandaram um e-mail, lamentando o ocorrido e nos convidando para ir à casa novamente. Agradecemos a atenção do Marcel, e ficamos muito felizes por termos confirmado nossa tese: demos azar.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Restaurant Week - Dicas Gerais

Já participamos de algumas edições do Restaurant Week e nada como treino para conseguir o melhor das coisas. Se na primeira edição que vivenciamos esperávamos horas na porta dos restaurantes, ou mesmo dávamos com a cara na porta lotada, dessa vez já pegamos o jeito. Seguem algumas dicas que podem ser muito úteis para aproveitar as duas semanas de maratona gastronômica!


1. Reserve antes de ir.

2. Reserve antes de ir (é sério, vai te livrar de um grande stress. E se não tiver mesa disponível para reservar naquele restaurante que você escolheu, não desanime. Tem mais um montão de lugares legais).

3. O couvert é um ponto polêmico. O que gostamos de fazer é o seguinte: quando oferecerem o couvert pergunte: O que é o couvert? Se for pão e manteiga, diga que não quer. Pão e manteiga você come em casa. Mas algumas casas servem couverts muito interessantes, que valem a pena o gasto extra. Pergunte: quem tem boca, vai à Roma.

4. Manobrista é caro. É bem caro. Temos visto uma média de R$ 12 a R$ 20 reais. Como preferimos gastar esse dinheiro com comida, é melhor arrumar uma vaguinha na rua, ou ir sem carro!

5. Se possível, evite os finais de semana. Os jantares de segunda a quinta são extremamente mais agradáveis, silenciosos e com melhor atendimento. Nos finais de semana, as casas ficam lotadas, o que prejudica todos os fatores: comida, ambiente, atendimento...

6. Escolha pelo menu, não pelo nome. Os restaurantes mais famosos sempre são mais cheios, e nem sempre oferecem aquilo que eles têm de melhor. Por isso, perca horas olhando o site do evento, menu por menu, e arrisque. As surpresas são sempre mais agradáveis.

7. Se você está com a grana curta, peça água, sem vergonha nenhuma. Mas vale escolher aquele lugarzinho especial para pedir um vinho, nem que seja uma taça (mais do que suficiente, na maioria das vezes).

8. Se você estiver em casal, ou em um grupo de pessoas (que sejam minimamente íntimas), vale a pena cada um pedir uma combinação diferente de pratos. Já que o intuito é experimentar sabores novos, cada um pode provar um pouquinho do prato do amigo!

E por último...

9. Prepare-se para engordar alguns quilinhos. Tudo bem, afinal, são só 4 semanas (dois eventos por ano). Nas outras 44 semanas, você faz dieta.

E Viva o Restaurant Week!

Restaurant Week 2009 #3 - Seraphini

Na terceira noite da maratona, fomos parar, meio por acaso, no Seraphini. E que surpresa mais agradável!

Ficamos sentados na varanda, seguindo a sugestão que o funcionário da casa nos fez quando ligamos para reservar. Realmente, é o lugar mais simpático da casa, com um jardinzinho e iluminação de velas.

O prato da entrada deu um bom cheiro do que estava por vir no ótimo jantar: uma saladinha de folhas, com carpaccio de kobe beef, que derretia na boca de tão macio (era a única opção do menu promocional). Começou tão bem que até decidimos pedir um vinhozinho para acompanhar (claro que optamos por taças avulsas, já que a carta de vinhos não era nada animadora para os nossos bolsos. Cada taça de um bom cabernet sauvignon chileno: R$ 15).


O problema do ambiente a luz de velas é que as fotos ficaram péssimas. Use a imaginação!


Vieram os pratos prinicpais: o meu, um Tortelini de Vitella com molho ao sugo, simplesmente delicioso. Uma massa fresca, leve, recheada no ponto, com um molho super saboroso.




O dele foi um Tagliatelli com ragu de camarão (por sinal, diferente do Bavetti verde que estava anunciado no site do Restaurant Week). De qualquer forma, não decepcionou. Servido num prato fundo gigante (parecia um balde, mas era charmoso demais!), uma porção grande e muito gostosa. Só não se deu muito bem com o cabernet sauvignon que o sommelier tinha nos indicado, mas já esperávamos por isso. Erro dele que não nos sugeriu um vinho para cada prato. Teríamos topado.




A sobremesa, na primeira garfada foi facilmente definida: apelação. Um doce de chocolate (casquinha crocante por cima), recheado de mousse de chocolate com um morango dentro. Chocolate + chocolate + morango. Impossível de errar. Mas hei de admitir, tava gostoso demais.


Sim, olha que tentação...


O Seraphini foi uma agradabilíssima surpresa. Ótimo menu, ambiente super romântico e atendimento nota 9,5 (não foi 10 porque o sommelier tinha que ter indicado outro vinho para o prato com camarões!!). Além disso, como não é dos mais famosinhos, estava bem mais vazio e tranquilo. Recomendo fortemente.


Veja as informações do Seraphini no site do Restaurant Week aqui.

terça-feira, 3 de março de 2009

Restaurant Week 2009 #2 - Arábia

Mais um dia de festival e mais um restaurante novo (pra nós). Não há muito o que falar. Com esse nome, já da pra ter uma ideia (sem acento!). A casa é bem elegante e tradicional, com 22 anos de vida.

Bom, quanto ao festival: provamos o Falafel com salada de salsinha, cebola, e tomate, temperado com molho tarator. O falafel propriamente dito estava divino, porém, a salada que o acompanhava continha conservas de couve-flor e rabanete extremamente ácidas e/ou "avinagradas". Isso nos pegou meio de surpresa.


A outra entrada, foi o Fatuch - Tomates, rabanetes, pepinos, mix de folhas verdes, cebola, temperados com molho de romã e acompanhados de crocantes pedaços de pão árabe frito. Convenhamos: uma bela salada, porém, também bastante ácida pros paladares mais sensíveis. A surpresa boa é o molho de romã, que dá uma doçura com acidez ao mesmo tempo. Bem interessante.


Os pratos principais foram o Michui de frango - um espetinho de frango com tomate e cebola, acompanhado de arroz marroquino. Realmente, nada de mais. Muito saboroso, mas nenhuma surpresa.


E o trigo com lentilha - uma das não muitas opções vegetarianas do festival. Muito gosotoso, mas também sem muitas surpresas.


Os grandes destaques da noite foram sem dúvida a coalhada seca (a melhor que já comemos, disparado), o charutinho de folha de uva, que ganha do Almanara com alguma sobra (nem falemos de Habib's né??) e o Dedinho de Noiva. Este último, é uma das opções de sobremesa do festival. Simplesmente imperdível. Estamos acostumados a doces árabes sempre com o mesmo gosto de nozes e pistache, mas esse é diferente. Ficou no meu TOP-10 doces com certeza!

O jantar como um todo foi excelente, mas não sei se é um restaurante tão empolgante quanto o Tarsila. Pra quem quer sabores novos no festival, o Arábia não satisfaz muito não. Na minha equação de valor, o Almanara ainda ganha em custo/benefício. O Arábia é melhor, mas também, bem menos acessível fora do Restaurant Week.


segunda-feira, 2 de março de 2009

Restaurant Week 2009 #1 - Tarsila

Começamos hoje a nossa maratona Restaurant Week, sofrendo para escolher alguns restaurantes dentre os mais de 100 que estão participando do evento. Vamos ter que concentrar nossas visitas nesta semana, já que a parte masculina do casal que vos escreve vai tirar dois dentes do siso na sexta-feira. Ou seja, segunda, terça, quarta e quinta de restaurantes!

Nosso primeiro escolhido foi o Tarsila, que chamou a atenção pelo menu criativo, com ingredientes muito interessantes.

O ambiente é bem típico de um restaurante de hotel (o Tarsila fica dentro do Hotel InterContinental): bem clássico e elegante, sem perigo de errar, mas muito aconchegante. Como sempre fazemos neste tipo de evento, cada um pediu um prato diferente, assim podemos experimentar todos os itens do menu (esta é uma boa dica!).

O couvert e a entrada eram frios, muito adequados à noite quase desértica de São Paulo neste verão. Misturas muito criativas, como o gateau de siri com guacamole picante (picante mesmo, para os paladares menos preparados), muito gostoso, mas um pouco enjoativo no final. A outra entrada, o crocante de presunto parma com figos caramelizados e rúcula ao vinagrete de limão siciliano também muito interessante, com o croc-croc do presunto contrastando com o figo macio.

Uma das entradas, o crocante de presunto parma com figos caramelizados e rúcula ao vinagrete de limão siciliano

Mas já nas entradas reparei que o chef do lugar se utilizava muito de um recurso que eu, particularmente, não sou muito fã: os toques adocicados nos pratos salgados. Eu, que não gosto de queijo com goiabada, nem de maionese com maça, não me dei muito bem no Tarsila. Fica a dica: se você for como eu, prefira as outras 99 opções de lugares do Restaurant Week.


Os pratos principais, muito bem servidos (um exemplo a ser seguido, pois já vimos muito miserê nos menus dos eventos passados), demoraram um pouco para chegar, visto que o lugar não estava nem metade cheio. Eu pedi o filé mignon ao molho de ostras com pupunha defumado, muito saboroso e diferente, mas (adivinhem), o molho de ostras era bem adocicado:



Ele pediu o linguado com banana da terra, mil folhas de espinafre e batata ao molho de limão cravo, também muito criativo mas que, na minha opinião, faltou um pouco de tempero...



As sobremesas chegaram, de comer com os olhos! Olha que coisa maravilhosa os macarrons com sorvete sabores da Amazônia:



Lindos, apesar de termos pensado um pouco sobre como comê-los, pois era bem difícil partí-los com a colher e o garfo. Decidimos que a melhor forma era abrir no meio, como fazíamos com as bolachas recheadas quando éramos crianças, e comer uma metade de cada vez. A minha sobremesa foi o zabaion com frutas vermelhas, surpreendente! Com um toquezinho de café, o biscoitinho crocante! Overdose de açúcar, mas muito saboroso!

A foto ficou horrorosa, mas acredite, é delícia!



Na saída, ainda batemos um papo com o garçom, que nos contou que a casa conta com um menu intermediário, servido no intervalo entre o almoço e o jantar. Além disso, eles também têm um menu degustação, que só de ouvir deu água na boca. Insistiram para que preenchêssemos a pesquisa de satisfação no final da refeição. Achei o máximo. Apesar de sermos clientes ocasionais (talvez de uma vez na vida), queriam saber nossa opinião.

Total: R$ 107,00 para duas pessoas, com dois sucos, uma água e couvert. Tá na média dos jantares Restaurant Week.

E este foi o nosso primeiro! Amanhã tem mais! E Viva o Restaurant Week!

Veja as informações do Tarsila no site do Restaurant Week
aqui.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Santa Clara Batataria

Adoro coisas com foco! Talvez por isso, ao ouvir falar de uma batataria, tenha ficado logo interessado. A princípio, imaginei um lugar com 300 tipos de batatas, preparadas de 300 jeitos diferentes. Como eu gosto de estar errado!!

A Santa Clara Batataria só faz 2 tipos de batata: a grande e a pequena!

Lá, só se serve este "hamburgão" recheado. Na verdade, é uma variação da batata suíça. Eles pegam as meninas, ralam, recheiam e fritam em imersão. Os recheios variam bastante. Se não quiser errar na pedida, vá de requijão com bacon. Pros mais ousados, cogumelos, camarão e carne seca são boas pedidas também!



Voltando às opções (grande e pequena), recomendamos fortemente ir com a pequena por dois motivos:
1. A pequena vem com uma salada (você escolhe entre 3 saladas e 3 molhos)!
2. A grande é fritura demais pra alguém que não nasceu nos EUA. E não vem com salada.

Obviamente, se você aguenta esse tanto de fritura, provavelmente não iria querer salada de qualquer jeito...

Em resumo: batatas crocantes e deliciosas, recheadas e acompanhadas de uma cervejinha. Atendimento bem atencioso, em geral feito por jovens garçons muito simpáticos. Ambiente agradável e, vez ou outra, com um jazz (piano e baixo) ao vivo. Vale muio a pena conhecer!

Endereço: Rua Áurea, 361 - Vila Mariana - mapa
Fone: 5575-9504
Horário: Seg/Sex - das 18h as 23h | Sab/Dom/Feriados - 12h as 23h
Preço: R$ 32,00 com bebida e serviço por pessoa.

Kiraku - Mais um Japonês

Sim, adoramos restaurantes japoneses. Ainda mais quando tem comida de qualidade, bom atendimento e preço justo. Esse é uma boa dica de lugar para almoçar pra quem trabalha nas imediações de Faria Lima X Juscelino, mas também abre aos sábados!

O Kiraku tem o que todo bom restaurante japonês tem: japoneses atendendo. Geralmente aquela senhorinha, ajudada pelas filhas. Já causa a primeira boa impressão. O lugar é pequeno e fica bem cheio nos almoços comerciais (principalmente após as 13h), mas vale a pena. Lá você tem duas opções: pedir um prato (um yakissakana (vulgo anchova grelhada), por exemplo), acompanhado de gohan e missoshiru, a um preço ótimo (uns R$ 17), ou encarar o buffet (R$ 30 nos almoços comerciais, R$ 35 nos demais horários).


Ah, o buffet. Diferente da maioria dos buffets, neste a comida está sempre fresquinha. Aliás, estou ficando cansada de rodízios de japonês que deixam os suhis prontos horas antes de servir. Estava até com saudade de comer um sushi fresco. Os pratinhos com os mais variados tipos de sushis são repostos a todo momento. Sim, se você for em um horário muito cheio talvez tenha que esperar um pouco, ou ficar de olho quando o sushiman liberar mais uma leva. Mas você comerá sushis frescos.


Ao lado dos sushis, rechauds com as mais variadas delícias fritas e gordurosas. Guiozas, shimeji, tempurás de camarão, anchovinhas grelhadas, de tudo. Dica importante: vá preparado para ficar com aquele cheirinho de gordura na roupa e no cabelo. É um ponto negativo, mas compensa!


Enfim, apesar de ter ido só uma vez, agora que aprendi o caminho certamente ficará na listinha dos lugares favoritos. Vale a pena conhecer.


Endereço: Rua Prof. Atílio Innocenti, 227 - Itaim Bibi - mapa
Fone: 3079-4345 / 3079-3746
Horário: Almoço e jantar. Fecha aos domingos.
Preço: Pratos 'comerciais' entre R$ 15 e R$ 20. Buffet à vontade entre R$ 30 e R$ 35.
Site: Não possui.